Carros Elétricos Quebram Menos e São Mais Duráveis? Um Estudo Alemão Aponta Que Sim

A discussão entre carros elétricos e os tradicionais modelos a combustão ainda rende muito pano pra manga. Mas quem aposta na mobilidade elétrica agora tem mais um argumento de peso — e com dados! Segundo um estudo feito pelo ADAC (Automobilclub da Alemanha), os carros elétricos estão apresentando menos falhas e maior confiabilidade do que os seus “primos” a gasolina ou diesel.

Mas o que isso realmente quer dizer na prática? Vamos entender melhor!

O que o estudo do ADAC analisou?

O ADAC, uma das maiores associações automobilísticas da Europa, é responsável por milhões de atendimentos de emergência veicular por ano. Em 2023, foram mais de 3,6 milhões de chamados por falhas e problemas em carros rodando pela Alemanha.

Pela primeira vez, o estudo incluiu dados detalhados sobre carros elétricos (EVs). A análise considerou veículos registrados entre 2020 e 2022, o que permite uma comparação mais justa entre modelos de idades semelhantes.

Menos panes, mais tranquilidade?

Segundo os números:

• Carros elétricos apresentaram apenas 1,2% dos chamados registrados pelo ADAC (43.678 ocorrências)

• Em média, foram 4,2 panes a cada 1.000 EVs

• Já nos carros a combustão, o número sobe para 10,4 panes por 1.000 veículos

Ou seja: os elétricos quebraram menos da metade, mesmo com o crescimento da frota nos últimos anos.

Por que os elétricos dão menos problema?

A resposta está na própria mecânica dos EVs: menos peças móveis, menos complexidade, menos manutenção. Um carro elétrico não precisa de:

• Troca de óleo do motor

• Correia dentada

• Embreagem

• Velas de ignição

• Filtros de ar do motor ou combustível

Além disso, a freagem regenerativa contribui para menor desgaste dos freios.

Resumindo: menos manutenção preventiva e corretiva = mais confiabilidade.

Mas... nem tudo são flores ⚠️

Apesar do bom desempenho geral, o estudo também apontou dois pontos de atenção importantes:

1. A tal da bateria auxiliar 12V

Mesmo em carros 100% elétricos, existe uma bateria tradicional de 12V (igual à dos modelos a combustão). Ela é responsável por alimentar sistemas como:

• Luzes internas e externas

• Travamento das portas

• Sistema de som

• Módulos eletrônicos

Essa bateria também pode descarregar, principalmente se o carro ficar parado por muito tempo. O ADAC aponta que:

• 50% dos chamados para carros elétricos foram por problemas na bateria 12V

• Nos carros a combustão, esse número foi de 45%

Ou seja, é um problema que afeta ambos os mundos.

2. Pneus: os elétricos são mais pesados

Por conta das baterias de alta capacidade, os EVs geralmente são mais pesados do que os equivalentes a combustão. Esse peso extra pode causar:

• Desgaste mais rápido dos pneus

• Maior chance de furos ou avarias em pisos irregulares

No estudo:

• Elétricos registraram 1,3 chamados por pneu danificado a cada 1.000 carros

• Já os modelos a combustão ficaram em 0,9 por 1.000

O que isso tudo significa para o futuro?

Embora o estudo ainda considere cedo tirar conclusões definitivas, os dados já são bem promissores para quem pensa em adotar um carro elétrico.

A confiabilidade está melhorando, especialmente nos modelos mais novos, e a manutenção tende a ser muito mais simples (e barata) no longo prazo.

Além disso, com a evolução da tecnologia e a chegada de baterias de maior autonomia, carregamento mais rápido e melhor durabilidade, a tendência é que o número de chamados diminua ainda mais nos próximos anos.

Vale a pena trocar para um carro elétrico em 2025?

Se você está considerando fazer essa mudança, o estudo do ADAC é mais um sinal verde. Claro, ainda existem pontos a considerar como:

• Infraestrutura de recarga na sua cidade

• Custo inicial do veículo

• Tipo de uso diário que você faz

Mas do ponto de vista mecânico e de confiabilidade, os EVs já estão se destacando. E com menos dores de cabeça na manutenção, você pode até economizar mais do que imagina.

Conclusão

Sim, carros elétricos estão se provando mais confiáveis do que os modelos tradicionais. Eles exigem menos manutenção, têm menos chance de quebra e contam com uma mecânica bem mais simples.

Ainda é cedo para bater o martelo definitivo, mas os sinais são claros: o futuro é elétrico — e mais confiável também.